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A bolsa de Cripto argentina Buenbit corta 45% da equipe devido à crise da indústria de tecnologia

A empresa se concentrará em suas operações atuais na Argentina, México e Peru, e congelará planos anteriores de expansão para outros países.

A corretora de Criptomoeda Buenbit, sediada na Argentina, demitiu 45% de seus funcionários, informou a empresa ao CoinDesk na segunda-feira.

De acordo com a empresa, a equipe agora consiste em 100 pessoas em suas operações na Argentina, México e Peru. A empresa se recusou a especificar quantas pessoas demitiu, mas com base na matemática, um corte de 45% implicaria que cerca de 80 pessoas foram cortadas.

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O CEO da Buenbit, Federico Ogue, disse em um tópico no Twitterna segunda-feira que a decisão foi tomada devido à “reforma global” em que a indústria de tecnologia entrou, acrescentando que o plano de redução, no qual a empresa vem trabalhando há meses, não estava vinculado aoqueda recente da UST e da LUNA. Em julho de 2021, a Buenbit disse ter 400.000 clientes.

Ogue disse que a Buenbit agora se concentrará exclusivamente em suas operações existentes na Argentina, México e Peru, e colocou seus planos de expansão em espera (Ogue disse ao CoinDesk em 2021que a Buenbit estava considerando iniciar operações na Colômbia e no Brasil). Também trabalhará para “manter uma estrutura autossustentável e eficiente.”

Em julho passado, Buenbitarrecadou US$ 11 milhões em uma rodada de financiamento da Série Aliderado pela Libertus Capital, do qual também participaram Galaxy Digital, FJ Labs e Amaiya Management.

Em março, a empresa adicionou a opção para os usuários adquirirem UST e disse que eles poderiam “receber um retorno de até 18%” por meio de staking.

A empresa havia planejado inicialmente levantar fundos dentro de um ano após a Série A, disse Ogue no ano passado, e estava considerando fazer aquisições para acelerar o crescimento.

Matias Nisenson, um capitalista de risco que investiu na Buenbit,disse no Twitterna segunda-feira que startups como a Buenbit podem ter tido planos de levantar mais capital para continuar crescendo, mas que estão enfrentando um ambiente macro em mudança e investidores mais avessos ao risco.

De acordo com Nisenson, Buenbit tinha duas opções. A primeira é “Eu fico como estou, e rezo para que alguém me dê capital para continuar a sustentar minha estrutura. Essa opção inclui uma grande chance de derreter e ter que demitir 100% da minha equipe.”

A segunda opção, disse Nisenseon, era “Eu faço o que preciso fazer para tornar minha empresa sustentável sem capital externo, mesmo que isso signifique demitir 50% da minha equipe hoje. Qualquer líder experiente escolherá a opção B, é o menor dos dois males, por mais doloroso que seja.”

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Andrés Engler

Andrés Engler é um editor da CoinDesk baseado na Argentina, onde cobre o ecossistema Cripto latino-americano. Ele acompanha o cenário regional de startups, fundos e corporações. Seu trabalho foi destaque no jornal La Nación e na revista Monocle, entre outras mídias. Ele se formou na Universidade Católica da Argentina. Ele detém BTC.

Andrés Engler