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Senado argentino votará acordo com o FMI que desestimula uso de criptomoedas

O protocolo de intenções foi assinado por ambas as partes no dia 3 de março e já aprovado pela Câmara dos Deputados.

O Senado argentino votará uma carta de intenções que o país assinou no início deste mês com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que inclui uma disposição que desencoraja o uso de criptomoedas.

O acordo reestruturaria um empréstimo de US$ 45 bilhões que o país recebeu em 2018.

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A disposição da Criptomoeda faz parte de uma Memorando Técnico de Entendimento (TMU)assinado pela Argentina e pelo FMI em 3 de março.

O acordo já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, câmara baixa do Congresso Nacional argentino, em 11 de março e estava previsto para ser discutido na noite de quinta-feira pelo Senado para aprovação final.

A disposição, intitulada “Fortalecimento da resiliência financeira”, diz: “Para salvaguardar ainda mais a estabilidade financeira, estamos tomando medidas importantes para desencorajar o uso de criptomoedas com vistas a prevenir a lavagem de dinheiro, a informalidade e a desintermediação”.

A carta de intenções também descreve que “enquanto os bancos comerciais permanecerem líquidos e bem capitalizados, a forte supervisão bancária continuará, especialmente após o fim da tolerância regulatória relacionada à pandemia”.

A Argentina também planeja continuar seu processo de digitalização de pagamentos “para melhorar a eficiência e os custos dos sistemas de pagamentos e da gestão de caixa”, de acordo com a carta de intenções.

O país latino-americano, que registrou uma inflação anual de 52,3% em fevereiro, se tornou um dos principais centros de Cripto da América do Sul na região. As compras de stablecoins aumentaram seis vezes em 2020, segundo informações fornecidas por bolsas locais.

Andrés Engler

Andrés Engler é um editor da CoinDesk baseado na Argentina, onde cobre o ecossistema Cripto latino-americano. Ele acompanha o cenário regional de startups, fundos e corporações. Seu trabalho foi destaque no jornal La Nación e na revista Monocle, entre outras mídias. Ele se formou na Universidade Católica da Argentina. Ele detém BTC.

Andrés Engler